Estamos próximos da escolha da sede da olimpíada de 2016,o Rio merece?

Faltam poucos dias para a escolha da sede dos jogos olímpicos,edição de 2016,que ocorrerá sexta feira na Dinamarca .
A candidatura Rio de Janeiro tem crescido nos últimos dias,em função de pesquisas divulgadas
pela imprensa e super valorizada por dirigentes do COB.
Tenho comentado em últimas colunas que acho que este não é o momento para realizarmos
este mega evento esportivo em nosso país por diversos motivos e principalmente por ser uma
competição de pouco mais de 2 semanas e com um gasto altíssimo que poderia ser utilizado para
problemas mais urgentes da população.
Sou um esportista que adora acompanhar nossas participações em olimpíadas e mundiais,admiro ídolos que surgiram como Pelé, Joaquim Cruz, Aurélio Miguel, Senna, Guga , Cesar Cielo, e outros fantásticos jogadores de esportes coletivos mas antes de
tudo sou brasileiro e prefiro ver melhoradas as nossas políticas educacionais, de saúde, de segurança, de transporte do que passar 15 dias acompanhando um evento que consumiria bilhões
de reais e que pouco traria de contribuição à nossa sofrida população.
Seremos o organizador da copa do mundo de 2014,competição que durará 30 dias e terá um gasto também altíssimo.
Realizar os 2 maiores eventos esportivos mundiais no espaço em 2 anos é para países desenvolvidos,como Alemanha (1972-Munique e 1974 ) e EUA(1994 e 1996-Atlanta),que não tem tantas outras prioridades com temos. Houve uma exceção em 1968 e 1970 com os eventos realizados no México,mas lá se vão quarenta anos e principalmente a copa tinha um formato menor com 16 participantes,metade do atual.
Está a favor do Rio o fato de que nunca a olimpíada foi realizada no continente sul americano...o momento está chegando..vamos acompanhar o que decidem os dirigentes do COI!

Olimpíadas de Atlanta e Sidney

Após ficar 24 anos sem conquistar uma medalha de ouro, de 1956-com Adhemar Ferreira da Silva com o bicampeonato no salto triplo em Melbourne às duas medalhas da vela em 1980 em
Moscou , O Brasil começou a ter um melhor desempenho de 84 a 92 até chegar à sua melhor
participação em Jogos Olimpícos ,até então ,em Atlanta 1996.
Nesta olimpíada que teve o início da disputa do vôlei de praia,conquistamos 15 medalhas a saber:

A- 3 de ouro com1-a dupla Jaqueline e Sandra (sendo esta a primeira premiação de mulheres brasileiras em jogos olímpicos) e 2 na vela com 2-Robert Scheidt na classe laser e 3- Torben Grael e Marcelo Ferreira na classe star ,sendo Robert e Torben dois dos maiores atletas da história
do esporte no Brasil,com 2 medalhas de ouro cada um até o momento.
B-3 de prata,com 4- Gustavo Borges nos 200 metros livres,5-no basquete feminino,equipe que contava com as 2 grandes jogadoras Paula e Hortência e 6-com a dupla de vôlei de praia Adriana
e Mônica
C-9 bronzes,com 7-Fernando Scherer nos 50 livres e 8-Gustavo Borges nos 100 livres na
natação com as equipes de; 9- saltos no hipismo,10-vôlei feminino ,11- futebol masculino, e mais 12-Lars Grael e Kiko Pelicano na classe tornado da vela, 13-Aurélio Miguel e 14-Henrique Guimarães no judô e 15-com o revezamento 4x100
rasos no atletismo.
Quatro anos depois decaímos em medalhas 15 para 12,mas a maior frustração foi o fato de não
termos conquistado nenhum ouro,o que não ocorria desde 1976.
Foram 6 medalhas de prata ,sendo 2 no judô com 1-Tiago Camilo e 2-Carlos Honorato,3-com a equipe dos 4x100 metros rasos no ateltismo,4- no vôlei de praia com Adriana Behar e Shelda e
5-Ricardo Zé Marco e 6-com Robert Scheidt na classe laser em disputa dramática com iatista inglês Ben Aisle
e 6 de bronze a saber 7 -4x100 metros livres na natação,8 -basquete feminino,9- vôlei feminino,
10 -Torben Grael( maior ganhador de medalhas do Brasil) e Marcelo Ferreira na classe star do iatismo 11-com Sandra Pires e Adriana no vôlei de praia e 12- com a equipe de saltos do hipismo.
24 anos é o tempo dos extremos da conquista de medalhas de ouro,pois ficamos de 1956
a 1980 sem conquistar e de 1976 a 2000 sem deixar de termos pelo menos um campeão olímpico nestas edições de olimpíadas.

Copa Davis,que sofrimento!

Tivemos a chance de voltar à primeira divisão do tênis mundial, mas após muito sofrimento..continuamos onde estávamos..ou seja na segunda divisão.
Éramos favoritos,por jogarmos em casa, com jogadores e dupla melhor ranqueada
mas nem sempre a melhor classificação vence e foi o que ocorreu; A derrota das duplas ,
que era a maior favorita , inviabilizou o desejo de todos os brasileiros.
Louve-se o esforço de Marcos Daniel,que com muita garra fêz o que pode.. quase virou
herói, mas perdemos graças ao maior talento de Nicolas Lapenti,que com muita calma e determinação
desequilibrou o confronto. Parabéns Nico, ex top ten e amigo de Guga, você foi heroico!
Sobrou muita tristeza e decepção, mas as vezes as derrotas trazem grandes lições.... esperamos que este seja o caso de nosso tênis.
Começaremos tudo de novo o ano que vem!

Olimpíadas de Los Angeles,Seul e Barcelona

Continuando o resumo histórico da participação brasileira em olimpíadas chegamos a Los Angeles, 1984 onde chegaríamos à melhor participação nacional até então,com oito medalhas:
O ouro veio com a fantástica vitória de Joaquim Cruz,nos 800 metros,com tempo de 1min. e 43 segundos cravados,sendo que sua vitória foi a primeira medalha de ouro brasileira
transmitida ao vivo pela tv e sendo sem dúvida um dos momentos mais marcantes do esporte brasileiro.
Conquistamos ainda cinco medalhas de prata ,com 1-Ricardo Prado nos 400 metros Medley,num
desempenho brilhante para um atleta de cerca 1m e 70cm,2-Torben Grael,o maior medalhista brasileiro de todos os tempos ,com Daniel Adler e Ronaldo Senft na classe soling da vela , 3-com a geração de prata do Võlei,iniciando a série de sucessos da modalidade, a mais forte do Brasil desde então,4-no futebol com a equipe mista do Internacional e da Ponte Preta,comandada pelo técnico Jair Picerni e 5- com o meio pesado Douglas
Vieira no judô,principiando a contínua conquista de medalhas por este esporte em todas as edições dos jogos,esporte que completou a participação brasileira com mais dois bronze,com Luis Omura e Walter Carmona.
Quatro anos mais tarde em Seul,Coréia,vimos o grande Aurélio Miguel,conquistar o ouro
num desempenho brilhante ,na categoria meio pesado no judô.
Ganhamos ainda, duas pratas, com Joaquim Cruz nos 800 metros rasos e de novo no futebol,na equipe comandada pór Carlos Alberto Silva,que contava dentre outros com os tetra campeões Romário e Taffarel.
Tivemos ainda três medalhas de bronze ,sendo 2 no iatismo com Lars Grael , acompanhado por Clinio de Freitas,na classe tornado e seu irmão Torbel na classe star, auxiliado por Nelson Falcão,além da importante conquista de
Robson Caetano nos 200 metros rasos no atletismo.
Em Barcelona,1992,tivemos um pequeno retrocesso em número de medalhas,ficando com 3 medalhas,sendo 2 de ouro com o judoca Rogério Sampaio, na categoria leve, num desempenho fantástico. A magnífica equipe masculina de vôlei conquistaria seu primeiro título,comandada pelo atual técnico da equipe feminina , José Roberto Guimarães.
Completou o quadro de medalhas brasileiras,Gustavo Borges.com a prata nos 100 metros livres,
resultado que só foi confirmado depois de um certo tempo , devido a uma pane na cronometragem eletrônica, e dando início as 4 premiações que obteve, sendo ainda o maior ganhador de medalhas da modalidade.

A CHANCE DA VOLTA À PRIMEIRA DIVISÃO DA DAVIS

Teremos a partir de amanhã em Porto Alegre o confronto entre Brasil e Equador pela Copa
Davis,duelo que defínirá quem que subirá primeira divisão do tênis mundial.
As chances de passarmos pelos comandados pelo ex top ten Nicolas Lapenti são boas pois
temos 2 jogadores de simples,Marcos Daniel e Thomas Belucci, entre os setenta primeiros do
ranking e uma dupla,André Sá e Marcelo Melo muito bem ranqueada,enquanto que nossos rivais se destacam apenas pela experiência de Nico .
Após termos atravessado talvez o melhor momento da história do tênis brasileiro no começo da década,com o esplendor de Guga e com Flavio Saretta jogando muito bem,desperdiçamos a oportunidade de chegar pelo menos às semifinais deste importante torneio por um mal conduzido boicote à Confederação da modalidade,que, embora com boa dose de razão dos atletas, não levou à solução imediata alguma.. apenas prejudicou a carreira de talentos como Saretta que com a impossibilidade de auxiliar Guga teve que se contentar em
participar apenas de torneios individuais neste período.
Temos a partir de amanhã a oportunidade de voltar a elite mundial do tênis,jogando em nossa casa.
Vamos torcer!

Del Potro brilhante contra o grande Federer

A conquista do aberto dos Estados Unidos por Juan Martin Del Potro deixou nossos vizinhos argentinos eufóricos e nos fez sentir saudades
das brilhantes vitórias de Gustavo Kuerten.
Que Del Potro vinha tendo vitórias importantes no circuito da ATP era algo que os aficcionados pelo tênis acompanhavam, mas vencer o grande Roger Federer em um torneio que ele dominava desde o início da década foi realmente surpreendente.
Após estar perdendo por 2 a1 o jovem argentino ,de quase 21 anos, teve calma, concentração e raça para virar o placar e vencer o quinto set de uma forma incontestável.
Esta vitória nos fez sentir saudades do tricampeonato de Gustavo Kuerten em Roland Garros e do Master
em Lisboa, êxito que o colocou como primeiro do ranking no fim do ano de 2000.
A Argentina tem uma tradição de grandes tenistas top 10 desde Guilhermo Villas, Jose Luiz Clerc, Alberto Mancini, Gabriella Sabatini, David Nalbandian, Gaston Gaudio, Guilhermo Coria e agora Del Potro,havendo uma renovação constante na modalidade,uma das poucas que alegram nossos vizinhos.
O fenômeno Guga foi um daqueles casos de grandes atletas brasileiros que surgiram , mas que não deixaram herdeiros em curto prazo em determinados esportes
individuais,como foram Eder Jofre,Maria Esther Bueno e Joaquim Cruz,grandes figuras de nosso esporte.

Barrichello é a nossa salvação de pódiuns

Após o termino do mundial de esportes aquáticos,onde mostramos uma melhoria importante
em nossas colocações em relação à olimpíada de Pequim e onde Cesar Cielo se firmou como um
dos maiores fenômenos esportivos surgido no Brasil,temos que nos contentar em ver o até então
"malhado" Rubens Barrichello vencendo provas na principal categoria do automobilismo.
Sem obtenção de medalhas nos mundiais de atletismo, judô e boxe Rubinho tem sido a "salvação
da lavoura" do torcedor esportivo brasileiro.
Barrichello com a vitória em Monza,obtida através de um desempenho brilhante,provou que para vencer na fórmula 1 é necessário, além de um bom carro, vontade e determinação,que é
a marca dos grandes vencedores do esporte.
Um ano após estar a um passo da aposentadoria na categoria, Rubens tem provado nas últimas corridas que tem talento para ser campeão,basta apenas ,além de ter um bom carro ,acreditar...acreditar... .
Seu desempenho com 37 anos , sendo mais longevo piloto da fórmula 1, traz um estímulo e um exemplo para muitos atletas que após muitos anos de dedicação se sentem a beira de "pendurarem as chuteiras".

Continuamos estagnados em esportes que distribuem muitas medalhas

O tempo passa mas não evoluímos em esportes que distribuem muitas medalhas em jogos olímpicos.
O boxe é um exemplo típico desta situação,continuando com a solitária medalha de bronze de
Servílio de Oliveira em 1968,na cidade do México,enquanto que Cuba ,muito inferior a nós
nas modalidades coletivas, sempre fica a nossa frente no quadro de medalhas nas olimpíadas.
Com todos sabem os esportes de equipes conferem apenas uma premiação,enquanto que o
pugilismo,, levantamento de peso,remo,ginástica artística,grd ,canoagem etc distribuem muitas
premiações...esportes por sinal que só temos a citada medalha de Servilio em todas as edições dos
jogos.
Continuamos estagnados nas mesmas modalidades de sempre na obtenção de pódiuns,com exceção
a fenômenos que surgem como Natalia Falavigna e Rodrigo Pessoa .
Terminado mais um mundial,o de boxe, e continuamos zerados em medalhas desde o de atletismo,depois o de judô e agora o de pugilismo.
Enquanto isto os dirigentes olímpicos estão esperançosos em conseguirem sediar a olimpíada de
2016,eleição que ocorrerá em 02 de outubro!!!

Olimpíadas de Munique ,Montreal e Moscou

Após o tricampeonato de futebol em 1970 no México e em plena ditadura militar, o Brasil continuava muito fraco em suas participações olímpicas na 3 edições seguintes :
1972 Munique ,que teve seu lado trágico,como massacre dos atletas israelenses, onde obtivemos duas
medalhas de bronze ,conquistadas por Nelson Prudêncio , de novo no salto triplo e Chiaki Ishii,pioneiro no judô,esporte que vem conquistando desde 1984, medalhas em todas edições dos jogos.
1976 Montreal,também com duas medalhas de bronze com o então recordista mundial do salto
triplo João Carlos de Oliveira e Reinaldo Conrad e Peter Eicker na classe Flying Dutchman na vela.
1980 Moscou,evento que teve o boicote norte americano, conquistamos 2 ouros na vela após 24
anos com Alexandre Welter E Lars Björkström na classe tornado e Marcos Soares e Eduardo Penido na classe 470, e 2 bronzes ,novamente com João do Pulo no salto triplo e com o revezamento 4x200 metros livres masculino,com Marcos Mattioli ,Cyro Marques Delgado ,Jorge Fernandes e Djan Madruga, completando 16 anos sem conquistarmos um pódium nos esportes olimpicos.
Carente de ídolos o povo brasileiro começava a acompanhar as corridas de fórmula 1 , onde a partir de Emerson Fittipaldi , bicampeão em 72 e 74 o país começava a despontar
como destaque na categoria.
.

Olimpíadas de Roma,Tóquio e Cidade do México

Retomando a análise da participação brasileira no quadro de medalhas dos jogos olímpicos,interrompida pela realização dos mundiais de natação,atletismo e judô,
voltamos com a fase de "abstinência" de medalhas de ouro :
1960 Roma ,onde obtivemos 02 medalhas de bronze com Manoel dos Santos nos 100
metros livres e na fantástica equipe de basquete masculino,comandada pelo técnico Togo
Soares,o Kanela,que contava com jogadores fenomenais como Amaury Passos e Wlamir Marques.
1964 Tóquio ,onde repetimos o bronze no basquete masculino e última premiação desta modalidade
1968 Cidade do México,evento em que despontou Nelson Prudêncio ,com a prata no salto triplo,
tendo sido por alguns instantes recordista mundial da prova , Servílio de Oliveira conquistando
a primeira e única medalha,de bronze do boxe. e Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes,pioneiros da vela ,esporte que lidera em premiação olímpica do Brasil ,também com o bronze..
Década em que nos consolidamos como potência do futebol ,admirava-se os feitos de Eder Jofre
e Maria Esther Bueno,mas que em termos olímpicos se contentava com a equipe de basquete e
fenômenos esparsos...só viriamos a subir no degrau mais alto do pódium em 1980.

BASQUETE CLASSIFICADO E NOS DANDO ESPERANÇAS DE BOM FUTURO

A classificação brasileira para o mundial do ano que vem ,obtida através da boa campanha na copa América nos dá esperança de ver a o basquete masculino nos jogos olímpicos de 2012 em Londres.
Esporte que viveu seu auge do fim dos anos 50 ao início da década 70, quando ganhou os
os mundiais de 1959 e 1963 e foi vice em 1970, o basquete, que tem 3 medalhas olímpicas
(Londres 1948, Roma 1960 e Tóquio 1964), parece que está se firmando como time para apagar esta triste fase de quando ficou de fora de três olimpiadas seguidas ,Sidney,Atenas e Pequim.
Esta esperança se vê reforçada pela intenção nacional de sediar o pré-olímpico de 2012, o que
aumentaria ainda mais nossas possibilidades de classificação.
Um dos 2 únicos países a participar de todos os mundiais , o outro é os EUA, o Brasil teve fantásticos jogadores em sua fase áurea do bicampeonato,que se jogassem hoje estariam certamente muito bem remunerados na NBA, assim com Maria Esther Bueno,contemporânea destes tempos de glórias , estaria milionária com as premiações do tênis atual.
Bons tempos destes heróis que junto com o bicampeonato mundial do futebol fizeram os brasi-
leiros se interessar por esporte!

Comparação de mundiais e olimpíada de Pequim

Terminados os mundiais de natação,atletismo e judô e um ano após a olimpiada de Pequim,segue
comparação final do desempenho nacional nos esportes acima nos eventos em termos de
medalhas:
Olimpíada de Pequim 2008--------------------- Mundiais 2009

1- Natação 1 ouro nos 50 mlivre -------------- 2 ouros nos 50 e 100 livres
1 bronze com Cesar Cielo -----------------com Cielo (as medalhas
de Felipe França nos 50peito e
Poliana Okimoto na maratona 5km não
fazem parte das provas olímpicas)
2- Atletismo 1 ouro com Maureen Maggi no salto ---NENHUMA
em distância
3- Judô 3 bronze com K. Quadros,T.Camilo e L. Grilheiro--- NENHUMA
4-Total 2 ouros,4 bronze ----------------------------2 ouros

Em termos de medalhas de ouro nos mantivemos em 2 ,mas em função do fenomenal Cielo
que está melhor do que no ano passado;Evoluímos na natação mas no atletismo e judô houve
um claro retrocesso... dependemos de um so atleta..... caimos de 6 para 2 medalhas... para ser melhor avaliado!!